É uma série de entrevistas com
artistas que batalham e conquistam. Com pessoas que NÃO DESISTEM NUNCA, mas
batalham a cada dia pelas suas conquistas e alcançam SUCESSO a cada dia e sabem
que VIDA ARTÍSTICA NÃO É PASSE DE MÁGICA.
ARTISTAS que VENCEM A CADA DIA
com a certeza de que é preciso ESTAR NA LUTA com DETERMINAÇÃO!
O entrevistado de hoje é SERGIO
KARVALHO, ator de TEATRO, amigo meu há 25 anos, meu assistente na CiaClaVan há
12 anos além de ator da companhia. Há muitos anos ele faz parte também do GRUPO
TEATRO DE RISCO com tradição em apresentar peças infantis. Em 2010, Sérgio fez
um policial do DOPS no meu filme BOTINAS NO ELEVADOR. Não posso começar essa
entrevista sem dizer que COM CERTEZA ele é meu irmão do coração. ESCOLHIDO PARA
SER MEU IRMÃO, quase gêmeo. Acho que nunca passamos UMA SEMANA sem nos falar.
EAL – Querido Sérgio, talvez você
não se lembre mas EU fui o primeiro a te aconselhar (risos) a usar a letra K no
seu nome artístico, isso há muitos anos atrás. Existem perguntas que eu farei
aqui que realmente eu não sei, incrível não é? Depois de tantos anos... E
algumas eu já sei mas quero que você conte aos meus leitores... Você nasceu em
que bairro de São Paulo?
SK – Nasci no Bairro da Mooca dia 18 de Outubro de 1967 no
Hospital/maternidade São Cristovão.
EAL – Antes de ser ator, qual era
sua profissão?
SK – Já fiz de tudo um pouco, mas sempre em contato com o público, meu
primeiro emprego foi em uma farmácia era atendente e também aprendi a aplicar
injeções e a aferir a pressão arterial, depois trabalhei no Pão de Açúcar como
Repositor, fui office-boy, Lojas de roupas, Brinquedos Bandeirantes Show Room, Auxiliar
Administrativo, era muito chato (risos).
EAL - Quando e como começou a
carreira artística?
SK - Nossa, pra ser bem sincero começou por acaso, um “amigo” de um
amigo meu que já era ator na época precisa de um local para ensaiar e eu
ofereci o quintal da minha irmã que era bem grande, eu curioso fiquei
assistindo aos exercícios e quando me dei conta já estava no meio da bagunça (risos),
me sai tão bem que me convidaram a participar dos ensaios e montamos “Édipo, rei?” ...e já de cara
peguei o papel principal...Édipo. O Grupo se chamava Les Miserables e o diretor
era Paulo Cruz, ô tempinho bom!!!
EAL – Sei que você sempre gostou
muito de CINEMA, principalmente de ficção científica. Por que essa paixão?
Quando começou?
SK- ADORO ficção sempre gostei muito desde criança, acho que porque
esse tema, essa proposta me obriga a me desprender do mundo real me propondo
assim outra realidade e possibilidades. Possibilidades essas que só o cinema
pode proporcionar, sempre que vou ao cinema procuro por uma ficção (risos)
curto muito, me deixo levar e me divirto sem culpa.
EAL – Você ainda tem aquelas
historinhas de ficção e terror que você escrevia quando era adolescente (e eu
já te conhecia!)?
SK – (risos) Boa pergunta (risos) nossa você se lembra disso? Meu
Deus... (risos) acredito que ainda tenha guardado em algum lugar uma ou outra
história... E sim, você já me conhecia e
LIA as minhas histórias...e gostava (risos).
EAL – O que a sua família pensa
da sua carreira?
SK- Hoje em dia é tranquilo a minha família gosta e entende, mas nem
sempre foi assim. No início ninguém dava muita atenção... Achavam que era só
uma fase, uma brincadeira de adolescente... Mas, ai a coisa foi tomando uma
proporção maior, porque o teatro toma TEMPO e você é literalmente “roubado” de sua família...meus pais
reclamaram muito...ouvi durante muito tempo coisas do tipo: “Isso não da
futuro.” “Você ta ganhando algum
dinheiro fazendo isso?” “Pelo amor de Deus, você já é um adulto vai procurar um
trabalho”...essa última eu ouvi quando larguei a feira e comecei a trabalhar
profissionalmente com DRT e tudo...foi difícil.
EAL – Pode nos contar um pouco
sobre essa sua vasta experiência com Teatro Infantil e por quais estados
brasileiros e cidades brasileiras já passou apresentando peças? Tem ideia de
quantas escolas já visitou?
SK – Quando comecei a fazer teatro não pensava em fazer Teatro
infantil/Teatro para crianças, achava bobo e que não teria paciência... Paguei com
a língua (risos) quando o pessoal da CTR – Cia Teatro de Risco, me convidou pra
encabeçar o elenco do infantil “Da cabeça aos pés, sem pé nem cabeça” fiquei
meio sem chão... Eu, um homem de 1,81 de altura, fazendo teatro para crianças?
Fui conversar com o diretor Luiz Carlos Ribeiro, durante a temporada La no
Clube Espéria, confesso que de imediato gostei da peça achei bem legal mesmo e
resolvi aceitar o desafio. A grande diferença do público infantil p/ o público
adulto é que ele te dá o retorno na hora, ou seja, quando a criança gosta ELA
GOSTA e pronto, a criança entra no espetáculo com você e “brinca/participa
ativamente”, mas quando não gosta ela expõe isso na mesma hora seja pelo
desanimo, pela falta de interesse na cena ou até verbalmente: “aaaaah ta chato”.
É maravilhoso! Já me emocionei muito fazendo apresentação para os pequenos.
Viajei muito com esse espetáculo (Ribeirão Preto, Leme, Araras, Porto alegre,
Curitiba, São Sebastião, Amparo, Rio de janeiro, Minas Gerais/Ouro Preto,
Florianópolis e várias outras cidades). Agora projeto escola, nossa! Não tenho
o número exato, mas com certeza já visitei mais de 600 escolas, sem exagero. Isso
contando com os cinco anos de projeto escola seguidos.
Espetáculo da CTR – Cia Teatro de Risco que participei:
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Da cabeça
aos pés, sem pé nem cabeça – infantil
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Caça ao
tesouro – Fundamental 1
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Fujam
enquanto há tempo – Fundamental 2
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Escrever
eu preciso – Ensino Médio
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Você
resolve – Philip Morris (teatro empresa)
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Família
varejo – Philip Morris (teatro empresa)
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Curta
metragem “Família varejo” – Philip Morris
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Rádio com
imagem – Ibep e Companhia Editora Nacional
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Escrever
é preciso – Ibep e Companhia Editora Nacional
·
Teatro de
bonecos p/ o Habib’s alimentação e
sustentabilidade (em fase de produção)
EAL – Conte-nos curiosidades
sobre esses trabalhos, que devem ser muitas (risos). Micos, frias, gafes... Ou
isso não ocorre com você?
SK- (risos) É o que mais acontece, acho que daria pra escrever um
livro, tem muita coisa engraçada...
·
já cai de
palco quase me arrebentei todinho ( e ninguém percebeu),
·
já fui
mordido por uma criança durante uma apresentação
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(entre
risos) uma vez durante uma apresentação de teatro empresa, esqueci o texto de
encerramento, deu branco total na frente de mais de 100 executivos (que mico)
·
Uma vez que foi muito constrangedor: uma
professora me paquerou na frente de todos os alunos no final da apresentação. Nossa!
Minha cara queimou.
EAL – Quando começou na CiaClaVan
e quais os trabalhos que já realizou?
SK – Comecei na CiaClaVan em 1999.
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“Sobre o
tempo e a espera” (Ator)
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“O que é
o que é?” (Sonoplastia e Iluminação)
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“Tatiana
Johansen-no ar” (ator e assistente de direção)
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As Santas
donas de casa (Sonoplastia)
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O sonho de
cada um (Sonoplastia)
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Urbanicidade
– a cidade é nossa (ator e sonoplastia/edição)
·
Urbanicidade
2 – A realidade de cada um (ator e sonoplastia/edição)
·
Urbanicidade
3 – encontros, desencontros e despedidas (ator/assistente de direção)
EAL – O que é SUCESSO para você?
SK - Sucesso pra mim é estar realizado com o meu trabalho.
EAL – O que você aconselha para
os iniciantes como ator ou atriz?
SK - Tirem as vendas dos olhos e arregacem as mangas, o trabalho de
ator é duro e algumas vezes cruel e sem reconhecimento nenhum. Se vc está nisso
por reconhecimento, fama e sucesso: PARE AGORA! Esses fatores não podem ser
metas, eles são uma consequência do seu trabalho. Tenha em mente que a função
do ator está além dos seus devaneios... É uma condição social, uma representação,
um espelho onde outros possam se ver e tomar consciência de si.
POUCAS E BOAS (respostas bem rápidas)
Meu maior sonho é?
SK – Meu maior sonho é poder me manter/sustentar com o meu trabalho.
Meu maior medo é?
SK - Aranhas (sou aracnofóbico).
Minha família é?
SK – Minha base, meu apoio, minha vida.
Teatro para mim é?
SK – Alimento.
Fico feliz quando?
SK – Quando estou com a minha família e com meus amigos.
Fico triste quando?
SK – Fico triste quando as pessoas tentam me enganar.
Para quem você deseja SUCESSO SEMPRE?
SK – Edson Araújo Lima (to pra conhecer pessoa mais motivadora).
Uma frase para pensar:
SK- “Cansei de teorias, vou observar minhocas...”
PERGUNTA MALUCA:
SE VOCÊ TIVESSE O PODER DE TRANSFORMAR alguém NUMA BORBOLETA AZUL COM LISTAS ROSAS, A QUEM VOCÊ TRANSFORMARIA?
SK - Isabel Moreno
Um comentário:
Parabéns Edson pela idéia e pela escolha desta primeira entrevista. Sérgio Karvalho " É DU CARALHO " cara tranquilão, boa praça e ótimo amigo. Sérgio Karvalho além de você Edson é o cara que presto muita atenção em tudo que fala, dicas, técnicas etc.Sou orgulhoso em ser seu amigo e mais feliz agora por conhecer mais um pouco dessa figura maravilhosa que é SÉRGIO KARVALHO.
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