SEXO, DROGAS, ROCK IN ROLL E CICATRIZES!
Uma análise – muito minha - LOU & LEO
http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/peca-autobiografica-lou-amp-leo-aborda-troca-de-sexo-04020D9C346CE4B14326?types=A&
Nelson Baskerville mais uma vez – vi LUIS ANTONIO GABRIELA E ESPECTROS do mesmo diretor – com uma montagem VISCERALPÓSMODERNATECNOLÓGICALOUCAARRISCADAEOUSADA. Isso mesmo, assim TUDOAOMESMOTEMPOAGORA!
Não sei se fui o único, mas
chorei e muito. Diante de amigos, alunos e desconhecidos. E não fico envergonhado.
Adoro quando o Teatro me atinge a
alma. Nem sempre acontece e deveria.
E essa peça me atingiu em cheio,
e isso não é tão fácil de explicar... Tentarei...
Leo Moreira Sá, talvez tenha o
nome com dois sobrenomes pois - como eu - ele gosta de números ímpares.
Coincidência. Feliz.
Leo, desnuda-se de maneira
contundente, honesta e sofrida. Diante de um público em silêncio e eu com o
coração aos pulos, ele revela seus maiores segredos. Coisas que muitos não
contam nem aos seus travesseiros em noites de solidão e chuva.
Há um choque, uma ferida, uma
punhalada nas almas dos caretas, religiosos e daqueles que não olham além de
suas janelas. Em tempos de Feliciano, Maras Maravilhas e Joelmas ele vem e
abre-se. Abre-se como se metesse uma faca no próprio peito, arrancasse seu
coração e o colocasse diante de nós, sangrando, batendo e fazendo solos de
guitarra!
A questão de gênero, a
transexualidade (?), a mudança de sexo, a coragem de ser quem se é e adequar-se
– ou tentar – fisicamente sempre será surpreendente, curiosa e estranha para
muitos. Tem quem se choque e quem chore. Eu chorei!
Chorei não de tristeza ou pena - JAMAIS! - e nem só pela emocionante história real ali adaptada num teatro veloz, sem entropias, sem quedas. Chorei diante da beleza, da honestida, da direção, da entrega do elenco. O teatro é um oceano e gosto desses mergulhos. É A MINHA VIDA!!!
É O TEATRO. NÃO É O TEATRO. É
DRAMATURGIA. NÃO É DRAMATURGIA. É PEÇA, É SHOW DE ROCK, É TERAPIA? É LOUCURA,
LABIRINTO, CONVITE AO GRITO E AO BEIJO!
Talvez Brecht chamasse isso de
TAETRO! Talvez, digo talvez até Stanislavski
gostasse e chamasse tudo de MEMÓRIA EMOTIVA.
Para mim é mais que memória. É
história. VITÓRIA!
A montagem parafernálica – com algumas
falhas técnicas que pouco importam, na verdade – nos atinge como um raio. Há
quem não goste e há quem ame. Eu amo.
Além, de Leo, que brilha como
ator, músico e cantor destaco também o trabalho excelente de Beatriz Aquino,
simplesmente excelente. E também muito bons Tom Garcia e Lucas Impallatory.
AS CICATRIZES NÃO SOMEM, SÃO NOSSAS MARCAS. EU TENHO AS MINHAS, VOCÊ TEM AS SUAS E LEO TEM MUITAS! MAS FICA MAIS FÁCIL CAMINHAR QUANDO SE DIVIDE COM OUTROS NOSSAS HISTÓRIAS...
VI, GOSTEI E RECOMENDO.
Sexta-feira, dia 25 de outubro é
a última chance de ver. Eu, pretendo ver de novo e levar amigos.
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