sexta-feira, 18 de outubro de 2013

AQUILO QUE PENSO SOBRE AQUILO QUE VI - 24


SEXO, DROGAS, ROCK IN ROLL E CICATRIZES!

Uma análise – muito minha - LOU & LEO


http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/peca-autobiografica-lou-amp-leo-aborda-troca-de-sexo-04020D9C346CE4B14326?types=A&









Nelson Baskerville mais uma vez – vi LUIS ANTONIO GABRIELA E ESPECTROS do mesmo diretor – com uma montagem VISCERALPÓSMODERNATECNOLÓGICALOUCAARRISCADAEOUSADA. Isso mesmo, assim TUDOAOMESMOTEMPOAGORA!
Não sei se fui o único, mas chorei e muito. Diante de amigos, alunos e desconhecidos. E não fico envergonhado.
Adoro quando o Teatro me atinge a alma. Nem sempre acontece e deveria.
E essa peça me atingiu em cheio, e isso não é tão fácil de explicar... Tentarei...
Leo Moreira Sá, talvez tenha o nome com dois sobrenomes pois - como eu - ele gosta de números ímpares. Coincidência. Feliz.
Leo, desnuda-se de maneira contundente, honesta e sofrida. Diante de um público em silêncio e eu com o coração aos pulos, ele revela seus maiores segredos. Coisas que muitos não contam nem aos seus travesseiros em noites de solidão e chuva.
Há um choque, uma ferida, uma punhalada nas almas dos caretas, religiosos e daqueles que não olham além de suas janelas. Em tempos de Feliciano, Maras Maravilhas e Joelmas ele vem e abre-se. Abre-se como se metesse uma faca no próprio peito, arrancasse seu coração e o colocasse diante de nós, sangrando, batendo e fazendo solos de guitarra!
A questão de gênero, a transexualidade (?), a mudança de sexo, a coragem de ser quem se é e adequar-se – ou tentar – fisicamente sempre será surpreendente, curiosa e estranha para muitos. Tem quem se choque e quem chore. Eu chorei!
Chorei não de tristeza ou pena - JAMAIS! - e nem só pela emocionante história real ali adaptada num teatro veloz, sem entropias, sem quedas. Chorei  diante da beleza, da honestida, da direção, da entrega do elenco. O teatro é um oceano e gosto desses mergulhos. É A MINHA VIDA!!!
É O TEATRO. NÃO É O TEATRO. É DRAMATURGIA. NÃO É DRAMATURGIA. É PEÇA, É SHOW DE ROCK, É TERAPIA? É LOUCURA, LABIRINTO, CONVITE AO GRITO E AO BEIJO!
Talvez Brecht chamasse isso de TAETRO! Talvez, digo talvez até Stanislavski gostasse e chamasse tudo de MEMÓRIA EMOTIVA.
Para mim é mais que memória. É história. VITÓRIA!
A montagem parafernálica – com algumas falhas técnicas que pouco importam, na verdade – nos atinge como um raio. Há quem não goste e há quem ame. Eu amo.
Além, de Leo, que brilha como ator, músico e cantor destaco também o trabalho excelente de Beatriz Aquino, simplesmente excelente. E também muito bons Tom Garcia e Lucas Impallatory.

AS CICATRIZES NÃO SOMEM, SÃO NOSSAS MARCAS. EU TENHO AS MINHAS, VOCÊ TEM AS SUAS E LEO TEM MUITAS! MAS FICA MAIS FÁCIL CAMINHAR QUANDO SE DIVIDE COM OUTROS NOSSAS HISTÓRIAS...

VI, GOSTEI E  RECOMENDO.
Sexta-feira, dia 25 de outubro é a última chance de ver. Eu, pretendo ver de novo e levar amigos.


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